Posts

Diferenças salariais entre homens e mulheres... machismo ou economia?

Image
Imagine que a sua empresa contratou um novo funcionário para o mesmo cargo que você ocupa. Seria justo que seu novo colega ganhasse o mesmo salário que você que está há mais tempo no cargo e já demonstrou por diversas vezes seu valor para a empresa? Tenho certeza que não, caso contrário, seria como se a empresa estivesse dizendo que você não é tão importante para ela quanto o novo funcionário. Por outro lado, seria justo que você e uma pessoa do sexo oposto fossem contratados para exercer as mesmas atribuições, mas com remunerações diferentes? Também não, já que vocês estariam começando juntos do zero; se vocês fossem ter uma disparidade salarial, provavelmente seria num futuro em que um de vocês demonstrasse ser mais valioso para empresa ao dedicar-se mais e consequentemente gerar mais lucros. Assim funciona o livre mercado. Aquele que é mais produtivo e cujo trabalho é mais valioso para a sociedade ganha mais . O mercado de trabalho não é machista — os empregadores não estão preo

Mais direitos? Menos liberdade!

Image
  Você já se perguntou por que um americano médio é mais livre que um brasileiro sendo que a constituição estadunidense assegura bem menos direitos que a constituição brasileira? A resposta para essa pergunta recaí sobre os tipos de direito adotados por cada país.  Nos Estados Unidos, a maioria dos direitos adotados pela legislação vigente são naturais, ou seja, nascem com os próprios homens , como o direito à vida e o direito à liberdade. Esses direitos podem ser exercidos simultaneamente por todos os cidadãos americanos sem que, com isso, alguém seja privado do direito exercido. Em outras palavras, se você quisesse se expressar sobre determinado assunto (liberdade de expressão), o seu vizinho, por exemplo, também poderia fazer o mesmo — e nenhum dos dois deveria algo ao outro. Na prática, isso significa que os direitos naturais não obrigam terceiros a ações correlatas e, portanto, limitam a ação do governo sobre a sociedade à proporção que o governo não precisa criar mecanismos para

Os padrões de beleza sob nova perspectiva

Image
Um dos assuntos mais comentados hoje em dia são os “padrões de beleza” e seus impactos negativos na sociedade contemporânea. O ponto central da maioria das críticas são as consequências psicológicas da imposição de um certo “padrão”. Mas será mesmo que o assunto é debatido à luz da razão? Para discutirmos os padrões de beleza, precisamos primeiro desconsiderar nossas impressões subjetivas sobre o assunto, ou seja, buscar o que é factível e analisa-lo friamente, e depois distinguir o que é propriamente biológico, e por isso instintivo, do que é socialmente construído, e por isso planejado conscientemente por alguém. Essa tarefa, porém, não é fácil. Cada contexto cultural possui suas particularidades e, a depender do referencial lógico adotado, pode haver uma confusão entre fatores biológicos e fatores sociais. Com isso em mente, me focarei neste artigo apenas no que é claramente distinguível, sem, com isso, tentar esgotar o tema, dada a complexidade deste. O objetivo é dissertar sobre

Uma pequena comparação

Image
Imaginemos duas cidades com governos diferentes, do ponto de vista econômico. Na primeira, o governo controla todas as interações econômicas de maneira centralizada, isto é, cada passo que a cidade dará; na segunda, cada indivíduo é livre para fazer suas próprias escolhas, ou seja, as interações econômicas acontecem espontaneamente, de maneira descentralizada. Em termos práticos, a primeira cidade não permite que seus cidadãos sejam livres para fazer escolhas — o governo dita o que cada um fará, desde como as pessoas se alimentarão até onde e com o que trabalharão. Sem entrar no mérito dos gostos e preferências pessoais de cada indivíduo, não é difícil concluir que isso seja inviável; o governo é composto por um número ínfimo das pessoas que residem na cidade, consequentemente o governo não terá como saber quais são as demandas reais da cidade — que ruas recapear, quantos litros de leite produzir, quantas roupas de diferentes tamanhos confeccionar etc. Em suma, é impossível que um gr