Uma pequena comparação


Imaginemos duas cidades com governos diferentes, do ponto de vista econômico. Na primeira, o governo controla todas as interações econômicas de maneira centralizada, isto é, cada passo que a cidade dará; na segunda, cada indivíduo é livre para fazer suas próprias escolhas, ou seja, as interações econômicas acontecem espontaneamente, de maneira descentralizada.

Em termos práticos, a primeira cidade não permite que seus cidadãos sejam livres para fazer escolhas — o governo dita o que cada um fará, desde como as pessoas se alimentarão até onde e com o que trabalharão. Sem entrar no mérito dos gostos e preferências pessoais de cada indivíduo, não é difícil concluir que isso seja inviável; o governo é composto por um número ínfimo das pessoas que residem na cidade, consequentemente o governo não terá como saber quais são as demandas reais da cidade — que ruas recapear, quantos litros de leite produzir, quantas roupas de diferentes tamanhos confeccionar etc. Em suma, é impossível que um grupo reduzido de pessoas (governo) consiga gerenciar eficientemente essa cidade ou mesmo um pequeno quarteirão dessa cidade, já que seria impossível conhecer todas as necessidades e desejos de cada morador com precisão. Esse cenário caracteriza o socialismo.

Na segunda cidade, entretanto, o governo limita-se a manter a ordem interna, sem interferir na economia. Assim, as interações econômicas da cidade são reflexo direito de demandas reais de seus cidadãos — as pessoas escolhem livremente, de acordo com suas aptidões e gostos, com o que trabalharão e como gastarão seu dinheiro; em suma, como viverão suas próprias vidas. Ninguém depende do governo para comprar carne, por exemplo, mas apenas das pessoas que escolheram voluntariamente trabalhar com um açougue, atendendo eficientemente as demandas de seus concidadãos. Mesmo que o açougueiro seja um sujeito ganancioso, ele terá que ofertar o melhor produto para ganhar dinheiro, ou seja, para ele conseguir o que quer primeiro terá que ajudar outras pessoas (contribuir para a sociedade). Esse é o cenário do livre mercado.

Tudo isso se reduz a esta simples questão: você gostaria que o governo decidisse tudo por você (socialismo) ou que você decidisse como viveria a própria vida (livre mercado)?

 RESUMO

  • O livre mercado garante que cada cidadão seja livre para escolher.
  • O socialismo é inviável porque “planejamento central” presume que é humanamente possível gerir toda uma economia, em outras palavras, presume que um grupo reduzido de pessoas será capaz de tomar as melhores decisões por todo mundo.
  • O livre mercado é o único sistema econômico capaz de transformar sentimentos ruins como ganância e egoísmo em riqueza para a sociedade. 

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